14 novembro 2010

Coisas que se pode comprar, Coisas que se pode sentir

Estava eu, vendo vídeos, reportagens e twittadas pela rede e comecei a pensar em coisas que as pessoas procuram na internet. O quanto elas procuram essas coisas e melhor, pra quem procura, o quanto é possível achar.

Daí veio essa idéia de fazer um ranking de alguns termos mais encontrados. Mas logo que eu comecei foram surgindo as dúvidas. Logo comecei a tentar separar entre coisas materiais e não materiais. Decidi clasificar por COISAS, que se pode e que não se pode comprar. Usei o Google para fazer as pesquisas.

Tanto as coisas em si, quanto sua separação podem ser bem questionadas, claro. Um exemplo: televisão, não está no rank, mas se eu somasse televisão e televisor, entraria lá entre vestido e imóveis. Mas teria que fazer o mesmo para outros termos e fugiria da idéia. Casa é um termo que também nao coloquei, estaria no topo, mas significa um monte de outras coisas. Sexo também é polêmco, mas...quis deixar lá onde está.

Enfim, como minha idéia não era fazer uma pesquisa científica, nem provar nada pra ninguém, ficou assim:

coisas que se pode comprar coisas que se pode sentir
1 música 263.000.000 poder 172.000.000
2 perfume 257.000.000 amor 160.000.000
3 arte 175.000.000 saúde 33.800.000
4 moto 142.000.000 dor 27.300.000
5 revista 109.000.000 ódio 24.600.000
6 filme 61.500.000 pobreza 24.000.000
7 sexo 58.900.000 verdade 22.200.000
8 celular 46.500.000 força 22.200.000
9 carro 36.800.000 alegria 18.300.000
10 arma 35.200.000 mentira 16.100.000
11 comida 31.100.000 beleza 15.800.000
12 apartamento 25.200.000 riqueza 15.200.000
13 livro 21.300.000 tristeza 14.000.000
14 computador 20.100.000 medo 13.700.000
15 dinheiro 17.100.000 saudade 9.690.000
16 jogo 16.700.000 amizade 9.390.000
17 imóveis 16.500.000 liberdade 9.160.000
18 vestido 15.900.000 violência 8.800.000
19 viagem 13.200.000 carinho 6.510.000
20 bebida 10.700.000 vingança 4.930.000

03 novembro 2010

Tarde




Vai,
Caindo,
Um resto de luz,
Amarela e difusa,
No fim de tarde quente,
Deixando tudo mais lento.

Os sons dos carros na rua,
Minha mão balançando junto com a sua,
As crianças da vizinhança correndo, bem devagar,
Nada mais se sustenta no tempo comum, das coisas normais.

Dobrando a esquina, arrastados num esforço arfado, mas leves,
Sentimos o quão breve é o fim desse dia inteiro, que não teremos de novo,
Jamais.

15 outubro 2010

Balada para o Capitão


Você não vai me dizer,
Mesmo que insista, não vou ouvir,
A palavra mais forte que cala em seu peito,
Me deleito, não posso compreender.

De tão distante, o discurso claro na sua pessoa,
Me soa, como bossa enredada num lamento ensosso,
Eu, definitvamente não ouço, o que tanto,
Tanto quer me fazer saber.

Por isso, tão tranquilo posso seguir,
Com apenas aquilo que me interessa estabelecer,
Como ciência do nosso dia-a-dia, bonito,
É só o que me cabe reconhecer.

13 agosto 2010

Você




Não sente, nem diz,

o que de pouco lhe resta,

não enfrenta, sequer pela fresta,

você perdeu, a porta sempre estará ali.


Se amarra em nós,

eu duvido, que perceba,

a corda que te prende, todas as horas,

todo momento, de graça ou não, enfim.


Por isso eu venho,

perdendo a vida nas regras,

que sempre esperaram de mim,

pra te dizer que não resta, nem um suspiro.


Do mesmo tanto que desprezo,

admiro, pra não deixar passar, nossa realidade,

onde, cada um por si, são poucos e poucos não podem,

não poderão saber, o ser, de todos nós, a sós, com afinco, não admito.


De tudo, só isso...

o moinho, o pó, o porvir.

20 julho 2010

Cai a máscara




Ainda que eu te dissesse alguma coisa,
muito me escaparia,
e desse muito toda a essência se perderia.

Ainda que falasse mais que o necessário,
eu iria falar,
em alto e bom som,
sobre todos os que ficaram e aqueles que sempre vão.

Pouco me restaria, a não ser lamuriar
e dizer, entre dentes e nervosamente:
_Está encerrada, perdoem-me a qualidade do serviço!
_Está encerrada a festa, eu insisto!

(a luz se acenderia, ouviria palmas)

Acenaria um aceno anêmico,
uns sorrisos amarelos e desapaceria,
pronto para retirar-me a meus aposentos e sussurar:
_Chega..

(A 4 mãos, com DriEiko [Salve!])

15 julho 2010

Para meus amigos

Um dia, num tempo que eu ainda não conheço,
minha vontade não terá mais preço,
meu desejo não será mais dono de mim.

Assim, as dobras das palavras e das vontades,
não falarão tão alto ao meu coração,
que restará, vazio, enfim.

Por hora, toda a graça e brilho mais forte,
toda aurora que irrompe num dia,
me coloca em olhares, me faz sentir.

Eu vou, caminhando sozinhamente,
em meio a tantas gentes,
largando no meio-fio, a saudade.

Desse tempo presente, tardio no dia-a-dia,
antecipado na ansiedade, que não é minha,
até que me baste, a falta de palavas para dizer.

Então, só da passagem, só na passagem,
de todo vento e brisa que vai e vem, eu saberei,
que os tenho comigo e nada mais.

16 janeiro 2010

São tantas




Lista de emoções, da Wikipedia

Agressividade · Afetividade · Aflição · Alegria · Altruísmo · Ambivalência · Amizade · Amor · Angústia · Ansiedade · Antipatia · Incómodo · Antecipação · Apatia · Arrependimento · Auto-piedade · Bondade · Carinho · Compaixão · Confusão · Ciúme · Constrangimento · Coragem · Culpa · Curiosidade · Contentamento · Depressão · Desapontamento · Deslumbramento · Dó · Decepção · Dúvida · Egoísmo · Empatia · Esperança · Euforia · Entusiasmo · Epifania · Fanatismo · Felicidade · Frieza · Frustração · Gratificação · Gratidão · Gula · Histeria · Hostilidade · Humor · Humildade · Humilhação · Inspiração · Interesse · Indecisão · Inveja · Ira · Isolamento · Luxúria · Mágoa · Mau-humor · Medo · Melancolia · Mono no Aware · Nojo · Nostalgia · Ódio · Orgulho · Paixão · Paciência · Pânico · Pena · Piedade · Prazer · Preguiça · Preocupação · Raiva · Remorso · Repugnância · Resignação · Saudade · Simpatia · Soberba · Sofrimento · Solidão · Surpresa · Susto · Tédio · Timidez · Tristeza · Vergonha

06 janeiro 2010

só isso

nÃo, deFINitivAMENTE, Não há nadA MELhor dO QUe ser lo u co, paa aara, nÃO ter que ter razão.

05 janeiro 2010

A mesma nau




Quando ontem foi há seis meses atrás,
pode-se perceber como passou tempo demais,
a se perder, dentro de labirintos de espelhos,
jogos de palavras vazias, sede que não se sacia,
ausência do mundo real e de você.

Então respira profundamente,
ensaia mil vezes até poder se mexer,
cheio tem que desaguar, toda água estagnada,
esgotar devagar, para não revolver o lodo,
e mais ainda, se sujar.

Não cabe agora, debater-se,
não cabe mais sofrer.

Graças dou apenas,
pela ajuda invisível que me resgata,
pela força sutil que move a fragata,
e uma brisa nova inspira,
vira, outro rumo pra seguir.