03 novembro 2010

Tarde




Vai,
Caindo,
Um resto de luz,
Amarela e difusa,
No fim de tarde quente,
Deixando tudo mais lento.

Os sons dos carros na rua,
Minha mão balançando junto com a sua,
As crianças da vizinhança correndo, bem devagar,
Nada mais se sustenta no tempo comum, das coisas normais.

Dobrando a esquina, arrastados num esforço arfado, mas leves,
Sentimos o quão breve é o fim desse dia inteiro, que não teremos de novo,
Jamais.

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