05 janeiro 2010

A mesma nau




Quando ontem foi há seis meses atrás,
pode-se perceber como passou tempo demais,
a se perder, dentro de labirintos de espelhos,
jogos de palavras vazias, sede que não se sacia,
ausência do mundo real e de você.

Então respira profundamente,
ensaia mil vezes até poder se mexer,
cheio tem que desaguar, toda água estagnada,
esgotar devagar, para não revolver o lodo,
e mais ainda, se sujar.

Não cabe agora, debater-se,
não cabe mais sofrer.

Graças dou apenas,
pela ajuda invisível que me resgata,
pela força sutil que move a fragata,
e uma brisa nova inspira,
vira, outro rumo pra seguir.

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