
Castelo de Areia - Recorte de arte surrealista
Então você estará lá, parado,
então não saberá o que,ver, pensar, ou dizer,
poderá agir como um tolo,
ou apenas, como só poderia você,
lata, ou prata, não lhe cabe agora,
talvez não lhe caiba jamais, saber.
Sobre essa sua corte, desmantelada,
o reino de seus domínios, perdido,
como nunca puderam prever,
nessas terras, sem mais castelo,
vagará incerto e muito sério,
tentando desvendar o místério,
de queda, assim, tão radical.
Passará em seu deserto, um exílio,
auxílio único, que poderia aceitar,
coberto de chagas, sedento e com fome,
aprenderá sobre as pragas, que trouxe pra si,
mas elas, que brotarão, de dentro pra fora,
iram se misturar a miragens e memórias,
até que suas, já abaladas, muralhas, possam ruir.
Não vejo daqui, de meu mirante,
mais detalhes, nada nítido, adiante,
por isso temo, o que será seu porvir,
visto ter sido sempre, tão afeito,
a protelações e outros desrrespeitos,
nessa hora, de nada valerá qualquer apego,
terá que estreitar-se consigo, ou sucumbir.
então não saberá o que,ver, pensar, ou dizer,
poderá agir como um tolo,
ou apenas, como só poderia você,
lata, ou prata, não lhe cabe agora,
talvez não lhe caiba jamais, saber.
Sobre essa sua corte, desmantelada,
o reino de seus domínios, perdido,
como nunca puderam prever,
nessas terras, sem mais castelo,
vagará incerto e muito sério,
tentando desvendar o místério,
de queda, assim, tão radical.
Passará em seu deserto, um exílio,
auxílio único, que poderia aceitar,
coberto de chagas, sedento e com fome,
aprenderá sobre as pragas, que trouxe pra si,
mas elas, que brotarão, de dentro pra fora,
iram se misturar a miragens e memórias,
até que suas, já abaladas, muralhas, possam ruir.
Não vejo daqui, de meu mirante,
mais detalhes, nada nítido, adiante,
por isso temo, o que será seu porvir,
visto ter sido sempre, tão afeito,
a protelações e outros desrrespeitos,
nessa hora, de nada valerá qualquer apego,
terá que estreitar-se consigo, ou sucumbir.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tenho um pouco de medo e outro pouco de vergonha de estar assim, tão cheio de onda e dores morais. Era agora pra eu dizer que tenho tudo pra ser feliz. Nem dizer, que felicidade não se diz.
Mas eu voltei a cavar pra ir mais fundo. Eu vivenciei o inesperado. Tenho sonhado com coisas guardadas há muito tempo. Estou ansioso para ouvir alentos, mas o que me chega, de tão comum, e eu assim, tão bunda-mole, é gelado ou fervente, áspero, estridente.
Tenho um pouco de medo e outro pouco de vergonha de estar assim, tão cheio de onda e dores morais. Era agora pra eu dizer que tenho tudo pra ser feliz. Nem dizer, que felicidade não se diz.
Mas eu voltei a cavar pra ir mais fundo. Eu vivenciei o inesperado. Tenho sonhado com coisas guardadas há muito tempo. Estou ansioso para ouvir alentos, mas o que me chega, de tão comum, e eu assim, tão bunda-mole, é gelado ou fervente, áspero, estridente.
Tá foda, mas eu sei, é assim.
Depende de nada, só de mim.
Ai, que bosta...
Enfim.