Ora, ora,
Hora, hora...
Eu digo e repito, duas vezes,
Porque essa coisa é do tipo,
Que se diz de par em par,
Eu não mudo isso, porque não convém,
Porque desde o início dos tempos, foi assim.
Essa história é um bom começo,
Pacto amarrado, embrulhado em xiste,
Depois que você começa,
Não tem volta, cabra,
Eu te aviso agora, não tem fim.
O que você tem que saber,
A única coisa que vale a pena, enfim,
É onde vai o termo dessa dança,
Porque ainda não tem a resposta,
O que o faz levantar todo dia,
O que não te deixa dormir?
Sabe bem, ó andarilho tosco,
Caminhante da volta torta,
Esse atalho que toma, à sorte,
Te levará de novo ao início,
Que seja ele um precipício,
Seja ele seu eterno porvir.
Se não toma esse caminho,
E afoito encontra a chave,
Torna-se ela a clave funesta,
Com a qual se escreve seu requiém,
Daí sim, a mortalha cega, terá de vestir.
Por isso, vira e mexe, te repito,
De maneira clara e bem honesta,
Volta e meia calará seu grito,
Mesmo abafado, não deixará de existir,
Vai com força, dar com a cara no muro,
Ou fica, a buscar seguro,
Onde não há nada pra te garantir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário