
de tanto esperar e perder o tempo da espera,
perdi-me nuns corredores confusos sem fim,
dei voltas tortas à procura da figura, que será?
um espelho o que procuro, ou um muro alto assim?
de tanto calar e me alimentar do silêncio, confesso,
engodo bem urdido de dentro do peito ferido,
espera de um vale arejado sem chance de sucesso,
será minha armadilha pra mim meu passaporte perdido?
será a lança afamada do meu nome, feita pra me ferir,
será a sorte insidiosa que me consome capaz de me dobrar e ruir?
ou resta esperança que me console, milagre que desafogue,
ou resta esperança que me console, milagre que desafogue,
manhã que me resgate da noite torpe, venha me ungir!
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